terça-feira, 10 de junho de 2008

POLO AQUÁTICO

Comunicação da Direcção do SCS
A direcção do Sport Comércio e Salgueiros, a sua secção de Pólo Aquático, directores, treinadores e atletas vêm por este meio agradecer a todos os sócios, adeptos, simpatizantes e amigos, o apoio dado durante toda esta época desportiva, que ainda não terminou, na qual conquistámos a Supertaça Carlos Meinêdo e o Campeonato Nacional Sénior.
Gratos estámos também à Câmara Municipal do Porto, em particular à Porto Lazer, por todo o apoio que nos têm dado e por toda a colaboração na incrementação da modalidade na cidade do Porto, à ANNP, que esta época esteve sempre do lado do seu filiado, à FPN, entidade responsável pela organização das provas que vencemos, à Unicer, pela ligação entre duas marcas vencedoras, Superbock Sem Álcool/S.C.Salgueiros.
Em mais esta vitória, nos podemos deixar de lembrar os fundadores, Francisco Vieira Nunes, Salvador Gonçalves e Carlos Meinêdo pois, sem eles, possivelmente não haveria Pólo Aquático no Salgueiros, bem como Nuno Mariani, Rui Nuno Pereira, Ricardo Monteiro, Rodolfo Nunes, João Correia e Rui Borges e a todos aqueles que engrandeceram o bom nome deste clube.
Uma palavra de apreço para todos os clubes nossos adversários, em especial para o Portinado, que tanto valorizou o nosso triunfo.
Esperamos que o próximo Campeonato Nacional seja limpo de “jogos de amizades e interesses” e que quem está a mais na modalidade, saia, para o bem da mesma, pois de entre tão poucos, muitos há que estão a mais.
Os nossos agradecimentos estendem-se também aqueles que nos tentam destabilizar, denegrir, dividir e prejudicar, pois são uma das nossas fontes de inspiração e motivação.
Lamentamos que este ano, a reportagem televisiva só tenha existido, exclusivamente, graças à acção do Sport Comércio e Salgueiros. Apesar do envio de mensagens de apoio, não podemos também deixar de lamentar a ausência de um representante da ANNP.
Registamos, mais uma vez, a ausência do Sr. Presidente da FPN aquando da conquista de mais um Campeonato Nacional pelo Sport Comércio e Salgueiros, não se tendo dignado, sequer, a enviar uma mensagem de felicitação. Por tudo o que este clube fez, faz e fará pela modalidade em Portugal, cremos ser merecedores de mais consideração e respeito.
Resumo do Campeonato, por Gilberto Lobo
Conforme previmos e antecipamos, conseguimos reaver o título nacional, confirmando no play-off todo o favoritismo que fomos conquistando ao longo da época. Devemos, no entanto, em verdade e justiça realçar o valor enorme que este título acaba por ter, por 3 grandes ordens de razão:
1. Pela luta verdadeiramente fantástica que o Portinado acabou por conseguiu dar, mesmo em nossa casa, mantendo o resultado numa incógnita até quase aos últimos segundos do último desafio. Este facto e este sofrimento até ao fim só valorizaram a nossa vitória e a final constituiu – acredito - uma jornada de festa para a modalidade. Quem foi a Silves e Campanhã, pôde assistir a jogos muito disputados, no Porto ao ar livre, num dia de sol, com emoção até final, público vibrante de ambas as equipas, enfim, tudo o que o desporto precisa para triunfar.
2. Porque representa o “regresso a casa” duma taça que no ano passado nos fugiu por muitas e variadas razões, mas muitas delas externas ao valor intrínseco da equipa. Não podemos mudar o passado, mas conseguimos corrigir o que era de justiça corrigir.
3. Porque, tal como no ano passado, o nosso maior adversário fomos nós mesmos e, pese embora o valor que devemos reconhecer aos nossos oponentes, acredito que o valor individual e colectivo da equipa este ano era claramente superior à concorrência. Esta última acabou por se aproximar e obrigar ás “negras”, quer na meia final, quer na final, mas muito por fruto de não termos conseguido neste culminar do campeonato ter colocado em campo, consistentemente, o que mostrámos amiúde durante a época ser capazes de fazer. A superação acaba por ocorrer mesmo no cair do pano, mas ocorreu, garantindo que a taça veio para Vidal Pinheiro .
Para a história do campeonato penso que ficarão algumas imagens de fundo, que a seguir discrimino:
- A confirmação do Salgueiros, mostrando que o título perdido do ano passado foi um acidente. Julgo que a ninguém deverá escapar que era fácil acreditar que a seguir a se ter perdido o 1º campeonato após uma série ininterrupta de 12 poderia vir a derrocada…Tal não aconteceu - antes pelo contrário - e, tal qual Fénix, seu símbolo - o Salgueiros renasceu das cinzas e venceu com toda a justiça. Fica a imagem desse renascimento, da passagem do Nuno – homem, amigo e valor incontornável e inesquecível - para o João Pedro, também ele antigo jogador campeão nacional pelo Salgueiros e que regressa da melhor forma possível, reconquistando o título maior do pólo Português.
- A confirmação do Rui Moreira como o jogador mais influente do campeonato dos últimos anos: não era preciso confirmação nenhuma, mas voltou a ser evidente que o Rui joga a um nível superior à média do campeonato, sendo que a diferença poderia até ser maior não fora ele ser até por vezes algo “castigado” em arbitragens que não lhe dão o valor que ele, de facto, tem.
- A confirmação do Portinado: tem vindo a subir desde há 5 ou 6 anos, paulatinamente, aproximando resultados, antes mais desnivelados e assumindo-se, sem complexos, como candidato ao título, tendo estado na corrida até ao último minuto. Foi a 2ª final consecutiva e com uma equipa misto de juventude e experiência e que augura futuro
- A confirmação do Paredes, repetindo na fase regular a boa prestação de 2006-2007, mostrando - tal como o Portinado – que é possível fazer bom (muito bom) trabalho fora dos grandes centros. Ficará como incógnita deste campeonato o até onde poderia ter ido a equipa, tivesse vencido o Belenenses na 1ª volta do campeonato e ganho alguns pontos que poderiam ter permitido discutir a meia final mais em casa que fora…
- As dificuldades estruturais da modalidade ainda bem patentes. Já se passaram 23 anos desde que o Salgueiros se aventurou no pólo aquático e assistimos a coisas que já não se viam há muito. É hoje óbvio que as equipas evoluíram e que treinam com mais qualidade, e que mesmo com uma expressão global e apercebida junto do público ainda reduzida, há no pólo mais jogadores e mais equipas e pratica-se em mais sítios, mas a estrutura de apoio não funcionou nem funciona como seria desejável. Ao nível da arbitragem foi penoso observar todas a dificuldades que hoje grassam entre os homens e mulheres que apitam e que se reflectem directamente nas equipas e na qualidade do jogo.
- Fica por último, em jeito de retrospectiva e antecipação que espero ver concretizada, a nota sobre a progressiva participação dos clubes portugueses nas competições europeias. Vimos aumentar a base de participação muito significativamente, sendo que houve 4 equipas a competir na Champions e na Taça LEN. É importante percebermos que é este um dos caminhos possíveis para o progresso global da modalidade, ainda que a aprendizagem seja muitas vezes dolorosa e à custa de resultados extremamente desnivelados… É, no entanto, uma etapa que é preciso primeiro percorrer para depois se superar.
Pelo SCS in "TURBOGAL"

Sem comentários: