A recompensa do trabalho realizado ao longo do ano. É a expressão mais adequada que se pode utilizar para a equipa do Salgueiros na reconquista do título nacional da I Divisão, o 13.º no seu historial. “Este Campeonato tem um sabor especial pelo sacrifício, pela forma como eles trabalharam ao longo da época. Não chegava a estes jogadores serem 12 vezes campeão, querem sempre mais. Só com trabalho e sacrifício é que se ganha. Creio que isso é uma das principais diferenças para as outras equipas. Os jogadores do Salgueiros mereciam este título”, afirma, a O NORTE DESPORTIVO, o técnico João Pedro Santos, que conquistou o primeiro troféu como treinador, depois de ter sido campeão pelos «encarnados», como jogador, nas épocas 1994/95 e 1995/96.
Depois de ter empatado a final com um triunfo por 10-7, o clube de Vidal Pinheiro sofreu e muito para levar de vencida a equipa do Portinado. A perder por 8-6 no derradeiro parcial, os portuenses foram buscar forças onde já pareciam não existir e, aproveitando alguns erros infantis dos algarvios – Evgenii Trubetcoi deixou que um tempo de ataque se esgotasse, após um «time out», e mais tarde perderia uma bola no ataque e seria expulso –, deram a reviravolta ao marcador, com Gilberto Lobo, Jorge Lopes e Rui Moreira a serem os principais «motores» para o resultado final de 9-8. “Fomos buscar forças ao crer, ao esforço do trabalho”, justifica o técnico salgueirista. “Pensámos em tudo naquele momento. Sentimo-nos injustiçados pela forma como fomos prejudicados na Reboleira e reagimos em Campanhã. Só nos deu força para darmos a volta por cima”, reforça.
Sobre os rumores das possíveis saídas de Rui Moreira e Miguel Mariani para o Louletano, João Pedro Santos considera que essas notícias “não surgiram no momento certo, não parece muito ético estar a convidar jogadores a meio da época”. “A temporada só acaba depois da Taça de Portugal, vamos agora trabalhar com esse objectivo”, acrescenta.
Rui Moreira, que apontou 15 golos nos três jogos da final, juntou ao prémio de melhor marcador do Campeonato o título de jogador mais valioso do «playoff.
CURIOSIDADES
PAULO RUSSO JÁ CONTABILIZA 17 TÍTULOS
Paulo Russo não se cansa de ser campeão nacional. No ano de regresso ao clube de Vidal Pinheiro, o jogador português com mais internacionalizações somou o seu 17.º título: 12 no Salgueiros, quatro no Algés e um na Amadora.
É caso para dizer que a equipa onde estiver o «central» arrisca-se seriamente a ser campeã…
SER CAMPEÃO DUAS VEZES NO MESMO DIA
É algo singular, mas aconteceu a dois jogadores. Ricardo Tavares – não foi opção de João Pedro Santos na final –, havia festejado pela manhã de domingo, como treinador, o título distrital de juniores de futebol, ao serviço da formação salgueirista, enquanto Rui Moreira, como técnico de pólo aquático da Gespaços, festejaria horas mais tarde a vitória no Campeonato Nacional de infantis masculinos. Duplamente campeões!
DO CPN PARA O RIVAL SALGUEIROS
Há dois novos campeões que saltam à vista: Tiago Mogadouro e Nuno Gonçalves. Ambos vieram do CPN, rival do Salgueiros em muitas finais, e conseguiram um lugar no «sete» inicial de João Pedro Santos.
JORGE LOPEZ, MIGUEL MARIANI E RUI MOREIRA NO «SETE» IDEAL DO ND
Numa análise global à performance dos atletas que jogaram o «playoff», meias-finais e final, o ND escalonou o melhor «sete» por posição: Guarda-redes – Tiago Costa (Amadora); Ponta direita – Jorge Lopes (Salgueiros); Lateral direito – Ricardo Andrez (Portinado); Central – Evghenii Trubetcoi (Portinado); Pivot – Jairo Campos (Amadora), Ponta esquerda – Miguel Mariani (Salgueiros); Lateral esquerdo – Rui Moreira (Salgueiros). O seleccionador concorda? Ninguém se lembra de o ter visto…
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