JOSÉ ANTÓNIO LINHARES CONFESSA-SE
HOJE BATO PALMAS ÀQUELES QUE ME DESTITUÍRAM
A viver de uma forma “nervosamente tranquila”, com a alma ainda a penar por uma paz que nunca teve desde que assumiu a presidência do Salgueiros, José António Linhares confessa, quase quatro anos depois, ter ficado “aliviado” quando uma “multidão ululante cheia de raiva e de ódio” o demitiu, pondo assim fim a um ciclo de quase 10 anos na liderança do emblema de Vidal Pinheiro. Hoje, diz mesmo “bater palmas” àqueles que o “destituíram, insultaram e agrediram” e, sem sede de vingança, só quer “limpar o cadastro”. Por “uma questão de honra e por não ser nenhum criminoso”.
Vai mesmo recorrer para o Tribunal Constitucional da condenação a três anos de prisão, com pena suspensa por cinco, pelo crime de abuso de confiança fiscal e contra a Segurança Social?
Vou. As anormalidades do julgamento são de tal forma evidentes que um leigo na matéria consideraria uma aberração aquilo que aconteceu. A condenação, por si só, magoa-me, mas magoa muito mais saber que a justiça é um desastre.
Não concorda com a sentença, ou foram cometidas anormalidades?
Vou recorrer por tudo. Porque a acusação mudou durante o julgamento várias vezes. Porque os números foram truncados e aldrabados. Porque as questões afloradas e pretensamente julgadas em tribunal não correspondem à realidade. Porque não fui julgado, mas apenas condenado. E também por uma razão simples que, para mim, faz toda a diferença: o meu cadastro tem de ser limpo. Não sou nenhum criminoso. Não posso ser julgado ao abrigo de uma lei que não existe. Só conheço um homem que pagou 1,280 mil euros pelo Salgueiros – e é o tribunal que o diz no seu acórdão e não eu – e, mesmo assim, leva carinhosamente seis meses de pena suspensa por dois anos. Só pergunto: por que razão havia de pagar uma dívida que não era minha? Por um motivo óbvio: sempre agi de boa-fé. Aliás, todos os acórdãos dizem que eu agi nos superiores interesses do Salgueiros. Se fosse um corrupto, provavelmente já me tinha sido erguida uma estátua em Arca D’Água. Só me resta mesmo recorrer.
Com base no fundamento de que a lei que o pune é inconstitucional?
Exactamente. Há um acórdão do Tribunal Constitucional a provar que a lei é inconstitucional.
Afinal, quem deve pagar as dívidas?
O património do Salgueiros, porque deixei um património superior a 30 milhões de euros. E disse sempre que o passivo se resolvia com 10 milhões de euros. Mesmo dando alguns trocos aos pedintes e malandros e àqueles que assaltaram o Salgueiros, na ordem, por exemplo, dos cinco milhões, ainda sobravam 15 milhões para construir o estádio.
E por que é que deve ser o Salgueiros a pagar?
Porque tem meios. Em 2002, o Salgueiros tinha tudo regularizado com o Fisco e com a Segurança Social. Aliás, em 2001, contraí um financiamento particular de 1,5 milhões de euros e paguei todas as dívidas. E não apresentei um cêntimo de juros. Estou à espera que o Salgueiros acerte contas comigo.
Fazer empréstimos particulares para liquidar dívidas do Salgueiros não é propriamente um exemplo de boa gestão.
Mas as paixões movem montanhas. E eu era um homem apaixonado pelo Salgueiros. A irracionalidade levou-me a dedicar muitos anos da minha vida ao Salgueiros e a esquecer tudo o resto. Hoje, à distância, tinha parado em 2000.
Porquê?
Foi o momento em que pensei parar e cheguei mesmo a demitir-me. Não tornei pública a demissão e acabei por reconsiderar, numa noite que não dormi.
E porque o fez?
Porque estava em causa uma série de projectos para levar avante.
O estádio, por exemplo?
Por exemplo, o estádio, que foi sempre o meu grande sonho. O que me puseram em contraponto à minha demissão foi que o estádio não avançaria. Não quis acreditar que era tão importante, mas também é verdade que muitos foram os que me disseram que, se eu saísse, o Salgueiros acabaria. Também não acreditei e, infelizmente, a realidade mostrou-me que, em 2004, quando saí, o Salgueiros acabou mesmo.
Também por culpa própria.
Não. A maldade, a mentira e a inveja é que acabaram com o Salgueiros. Uma das demagogias mais baratas e sujas a que assisti até hoje ocorreu no dia 8 de Outubro de 2004, quando, na célebre AG da minha destituição, ouvi alguém gritar ‘deca, deca, deca’, querendo apropriar-se dos louros do 10.º Campeonato da equipa de pólo aquático.
Ainda não esqueceu?
Foi uma AG marcante para mim. Inquestionavelmente. Vi uma multidão ululante cheia de raiva e de ódio contra mim. E vi também uma coisa gorda no palco a gritar ‘deca, deca, deca’… Muitos aconselharam-me a não estar presente, mas fiz questão de dar a cara. Como sempre o fiz. Eu não fujo. Hoje, à distância de quase quatro anos, podia pensar que foram actos resultantes da exaltação que se viveu na AG, mas, para mim, foram de todo indesculpáveis, porque quem como eu serviu o Salgueiros não o merecia. Agora, nunca quis estátuas. E nunca aceitei medalhas. Senti apenas uma profunda tristeza. Os que me destituíram têm responsabilidades, a quem, aliás, deviam ser pedidas contas. Mas, até hoje, ainda não vi ninguém pedi-las. Será que estão à espera que D. Sebastião regresse?...
Tenciona pedi-las?
Não sei se um dia não o farei.
Para ser indemnizado?
Para ser ressarcido de prejuízos causados pelo acto criminoso que cometeram contra mim e contra o Salgueiros. Não estou a dizer que o vou fazer. Até porque é preciso tempo para a verdade vir ao de cima e ser compreendida.
Havia outra forma de afastar quem parecia estar agarrado ao poder, como, aliás, se viu quando se barricou na sede do Salgueiros?
O que se passou na sede foi o maior embuste da história do Salgueiros. No dia 2 de Novembro de 2004, ao contrário do que se pensa, fui sitiado e sequestrado na sede do Salgueiros. E chamaram a polícia, o que é um paradoxo de difícil explicação, com a cobertura miserável do ex-governador do civil do Porto, que não observou a legalidade da situação, por eu ter ido em socorro dos funcionários que trabalhavam na sede. Todos o podem confirmar. Ligaram-me na manhã do dia 2 de Novembro a dizer que queriam assaltar a sede e que precisavam de protecção. Não chamei a polícia. Fui sozinho ver o que se passava. Já perdi a minha mãe, mas, dos meus pais, recebi educação, coragem e carácter. Um dos valores que a minha mãe me transmitiu foi o da coragem. Só tenho que lhe prestar uma homenagem, porque, se fosse hoje, faria exactamente a mesma coisa.
Também foi por um acto de coragem que compareceu na AG, ou estava mesmo agarrado ao poder?
Não estava nada agarrado ao poder. Pode parecer antagónico, mas a minha destituição representou um grande alívio. Digo mais: foi a melhor coisa que me podia ter acontecido. Era doentio. Vivia em sobressalto 24 horas por dia. No primeiro julgamento de que fui alvo, disse em tribunal que não dirigia o Salgueiros de uma forma efectiva, ausente que estava num centro hospitalar do Porto, de cujo local resolvi muitos problemas e dificuldades. Alguns cobardes pensaram logo que eu estava a esconder-me, ou a escudar-me. Aqueles que não me conhecem e que, espero, nunca passem por aquilo que eu passei. A verdade é que muitas vezes tive de descer do 11.º andar do IPO e sentar-me nas escadas a passar cheques. A vida do presidente do Salgueiros era passar cheques nas escadas do IPO. A partir de Novembro de 2004, quando passei o último cheque particular de 20 mil e quatrocentos euros para pagar os seguros dos atletas, porque fui eu quem pagou e não nenhum dos patifes que me destituíram, foi um alívio. Quando pude pensar e reflectir, percebi realmente que foi o melhor que me podia ter acontecido. Hoje, bato palmas àqueles que me destituíram, me insultaram e me agrediram. Sempre disse que o Salgueiros vivia momentos difíceis, mas, felizmente, tinha património para realizar. E hoje posso afirmar, sem qualquer tipo de vaidade, ou de mentira, que, em 2004, não resolvi o problema do Salgueiros porque já sabia que me tinham apertado a corda.
Podia ter evitado a descida administrativa?
Podia. Ainda havia capacidade jurídica e financeira para evitar a descida administrativa. E digo mais: as obras para a construção do estádio só também não começaram porque eu não quis. Antes da célebre AG, o dono da obra disse-me que estava em condições de arrancar com o estádio. E eu disse-lhe que ‘não’.
Porquê?
Porque já sabia não estar em condições de assumir a responsabilidade. Gosto de honrar os meus compromissos e já sabia que iria ser destituído. E não sabia em Setembro, mas em Junho.
É mais vítima do que réu?
Não me sinto nada vítima. Vivi momentos fantásticos no Salgueiros. Nem preciso fazer exames cardíacos para saber que tenho um coração forte, para aguentar tanta emoção e tantas horas de desespero. Aquilo que sinto é uma tranquilidade nervosa. Ainda hoje, sou um escolho para algumas pessoas, quer do ponto de vista político, quer desportivo. Quando for possível fazer a compilação de uma série de factos, vai-se ver o que aconteceu ao Salgueiros. E, então, alguém vai ter de responder pela delapidação do património do Salgueiros.
Em Arca D’Água?
Os terrenos de Arca D’Água nunca deviam ter sido vendidos. Ou melhor, os terrenos, que eram do Salgueiros, deveriam ter revertido a favor do clube, para fazer face aos compromissos assumidos.
Ainda lhe vai ser feita justiça?
Não. É impossível. Nada reparará aquilo que me foi feito. Não há dinheiro, justiça, regalias, ou mordomias que apague o que me foi feito, ou reponha aquilo que me foi tirado. Quanto mais não seja, há uma coisa que já não é possível reparar: a minha mãe morreu com um filho arguido. Isso é um grande desgosto para mim. Mas de uma coisa podem todos estar certos: vou continuar a sair à rua. Sempre de cabeça levantada. Se, por vezes, estiver um bocado mais curvado, é apenas por uma questão de idade.
Quando vai pôr uma pedra no assunto?
Nunca. A ferida vai estar sempre aberta. E a história ainda tem de ser contada. Não por mim. Por outros. Mas factos: quando deixei o Salgueiros, havia capacidade para resolver os problemas. É verdade que deixei o Salgueiros na II Divisão B, mas também o tinha encontrado na II Divisão B – e tive capacidade de o levar à Taça UEFA. Se o Salgueiros foi à Taça UEFA, deve-o aos jogadores e ao treinador, mas também deve muito ao vice-presidente para o futebol.
E ao presidente?
O presidente nada fez. O presidente nem aos jogos ia. Não quero muito falar sobre o presidente do Salgueiros da altura, porque ele não tem falado sobre mim. Mais factos: patrocinei muitas vezes do meu bolso a equipa de pólo aquático nas competições europeias e fui o presidente que mais anos seguidos manteve o Salgueiros na I Divisão. Deixei-o com algumas dificuldades, mas, se tivesse havido gente séria – e não era preciso muito: bastavam 10 Linhares –, os problemas tinham sido resolvidos. Ninguém se iluda: o Salgueiros não interessa a ninguém. Ou melhor, ninguém se interessa pelo Salgueiros. O Salgueiros tem apenas interesseiros.
CENTRO FORMAÇÃO
TERRENOS PROTOCOLADOS COM CÂMARA
É verdade que o Salgueiros tem terrenos para construir um centro de formação em Contumil?
O Salgueiros tem direito a terrenos para a construção de um centro de formação em Contumil. Está tudo protocolado com a Câmara. Mais: também deixei uma sede com as rendas pagas. Fui demitido no dia 8 de Outubro de 2004. A renda de Outubro foi paga por mim. A partir daí, nunca mais uma renda foi paga. Resultado: despejo. O Salgueiros é despejado da sede e ninguém diz nada?! Onde estão, afinal, os salgueiristas que entoavam ‘deca, deca, deca’ na AG?! Quando saí do Salgueiros, havia a ameaça de muita coisa, mas consegui sempre evitar as hastas públicas e as penhoras. E porquê? Porque eu estava lá. E dava a cara e o corpo às balas.
FUTEBOL
SÓ PRESIDENTE DO BENFICA E DO NACIONAL SÃO MEUS AMIGOS
Os homens do futebol também lhe viraram as costas?
Se senti apoio de alguém do futebol? Não. Mas também não estava à espera de o sentir. Nunca esperei solidariedade, nunca a tive e também nunca a procurei. Até me repugna ter convivido com algumas pessoas do futebol. Mas continuo a gostar de futebol e de algumas pessoas que vão ao futebol. E tenho mesmo bons amigos no futebol. Não são é muitos. Não quero exagerar, mas os 10 dedos das mãos devem chegar para contar os amigos que tenho no futebol. Hoje, não tenho relações com praticamente ninguém dos dirigentes que conheci quando estive no futebol.
Com ninguém mesmo?
Os únicos dirigentes a quem eu devo prestar uma homenagem, porque fazem o favor de ser meus amigos, é ao presidente do Benfica e do Nacional. Por razões diversas. Se hoje tiver de pular por um golo, será, com certeza, por um golo do Benfica, ou do Nacional.
E por um do Salgueiros?
Sou sócio do Salgueiros, com quotas pagas, mas já é mesmo por uma questão de teimosia. E eu sei que sou teimoso.
Não vê mesmo com bons olhos a criação de um novo clube para fazer voltar o futebol sénior ao Salgueiros?
Ninguém tem legitimidade para fazer a usurpação do nome do Salgueiros. Sport Comércio e Salgueiros até ao fim. Quem quer fugir às dívidas só tem um nome: caloteiro. O Salgueiros só tem de pagar as suas dívidas e voltar a ter seniores. Se não pagou as suas dívidas, alguém vai ter de responder um dia por isso. E esse alguém não serei eu.
TRAIÇÃO
AS PRIMEIRAS DUAS BOFETADAS SERÃO MINHAS
Ao fim de quatro anos de ter sido demitido da presidência do Salgueiros, já percebeu o que se passou?
Aquilo que vou percebendo é que, de facto, nalgumas coisas não prestei a devida atenção. Devia ter estado mais atento. O arrependimento não mata, mas, se matasse, já estaria morto. Fui traído. Dentro e fora do Salgueiros. Por gente que se considerava importante. Da forma como foram desleais comigo, não tem sequer castigo.
Não lhes perdoa?
Perdoo. Aliás, já perdoei. Não vou nunca é esquecer. Mas, perdoar, já perdoei. Digo-o com toda a franqueza: não sinto qualquer raiva ou sentimento mesquinho em relação aos que me fizeram mal.
Nem sede de vingança?
Não. Não quero vinganças. O pior que pode acontecer a algumas pessoas que se cruzem na rua comigo e me dirijam a palavra é ouvirem algo de que não vão gostar e as duas primeiras bofetadas serem minhas.
BINGO
NUNCA LEVEI PASTÉIS DE BELÉM A LISBOA
Quais foram, afinal, os autores do assalto ao Salgueiros?
Uma coisa gorda, mais um indivíduo chamado Barros e outro Rafael mentiram e interpuseram providências cautelares que tiveram a cobertura da juíza do Tribunal Cível do Porto. Numa, foi mesmo dito que era impossível haver eleições no Salgueiros porque as contas não eram apresentadas desde 1991. Repito: 1991. Contra isto, não há muito a dizer. Mas a História vai-se fazendo. Não se faz no momento, mas faz-se. Com tempo. E o tempo dirá que o Salgueiros foi vítima de assaltantes. Que não cumpriram a lei, nem determinações judiciais, nem defenderam os interesses do Salgueiros. Afinal, o que tem hoje o Salgueiros? Tem o bingo, que vai dando algum para alguns……
Mas está aberto.
O bingo foi reaberto comigo a presidente do Salgueiros. Mas uma coisa também nunca fez o José António Linhares na vida: levar pastéis de Belém a Lisboa. E sofreu as consequências.
PROPOSTA
JÁ FUI CONVIDADO A VOLTAR AO SALGUEIROS
Não lhe passa pela cabeça voltar ao Salgueiros?
Não me passa pela cabeça, de facto. Mas também não vou dizer nunca. Aliás, já fui mesmo convidado para regressar ao Salgueiros. Ou melhor, para me candidatar.
E recusou?
Dei ao Salgueiros aquilo que ninguém deu. Chamem-me o que quiserem, mas nunca outro dirigente deu ao Salgueiros aquilo que eu dei. Mas, como diz a canção, se calhar, dei demais.
E voltar ao futebol?
Não sei. Francamente. Só sei que tenho vivido de uma forma péssima em relação à minha vida profissional.Abandonou tudo?Fui obrigado a fazê-lo. Ser arguido em Portugal tem uma carga e constrangimentos muito fortes. Trabalhando eu como trabalhava com sectores que eram exportadores, estava obrigado a deslocações constantes. O que os meus inimigos esperavam era que eu me ausentasse do País, para violar a condição de arguido. Tive de tomar uma opção e abandonei-me os negócios, logicamente com graves prejuízos materiais. A maioria dos portugueses queixa-se da má vida que tem e eu não sou de outra casta. Também sou do povo e vivo com dificuldades. Mas ainda não ando a pedir nada a ninguém.
Já viveu melhor?
Se calhar. Mas a minha vida era um turbilhão. Se calhar, não tinha melhor qualidade de vida no passado.
3 comentários:
Este "homem" ou tem muita lata ou muita pouca vergonha...
Este "homem" havia de contar tudo que lhe vai na alma, desde O negócio da bomba de gasolina, aos o,o7% de comissões do bingo,e qual era o buraco no passivo quando tomou posse da Presidência do S.C.SALGUEIROS, isto é o que lhe pedem os verdadeiros SALGUEIRISTA, e já agora porque é que o Dr. C.Abreu não faz nenhum comentário, podia-nos esclarecer!!! sobre isto.
Isso demonstra o porque do Dr. Abreu ter regressado ao clube!
Já agora os soçios do Salgueiros nas assembleias gerais em vez de aprovarem as ridiculas propostas do Abreu deviam inquiri-lo da gestão maliciosa que ele fez de 1985-1995, na altura so se pensava em ganhar ao porto ao benfica e ao sporting e descurava-se a gestão do clube, intrigo-me como é possivel formar um clube novo em cima do Sport Comércio e Salgueiros, quando não existe interesse em negociar os impedimentos a antigos jogadores por parte do Dr. Abreu, esclarecimentos que deviam ser efectuados, parou-se um clube como o Sport Comércio e Salgueiros com interesses imobiliarios e do proprio bingo, iludem e enganam os socios! isto devia ser investigado, mas por fim alguem vai sair com razão e esse alguem é o Sr Linhares que cometeu um erro ter encoberto o Dr. Abreu no periodo em que este foi presidente.
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