Reportagem JN de 12/11/2005
"Os afectos do futebol passaram-lhe ao lado, num tempo em que o jogador-escravo preponderava. "Andávamos de olhos fechados", refere o central que veio do Mindelense ("as camisolas também eram encarnadas"), então crónico campeão de Cabo Verde, para o Salgueiros, por dois contos mensais. Teve convites de sonho (do Benfica e do F. C. Porto), mas com a "carta presa", nunca pôde deixar o pelado de Vidal Pinheiro. "Se fosse hoje, dava para ganhar numa época o dinheiro que ganhei em toda a minha carreira", calcula, com a mágoa de quem teve de desunhar-se para viver com a dignidade que sempre exibiu em campo. Leal nos despiques directos, marcou muitos golos de cabeça (ia sempre lá à frente, aos cantos), sustentado na conduta de atleta exemplar, dentro e fora do jogo."
R.I.P.
Chau
5 comentários:
Obrigado pela lembrança, o meu Pai onde estiver fica grato. Abraço, Luís Graça
Obrigado pela lembrança, o meu Pai onde estiver fica grato. Abraço, Luís Graça
Gratos ficamos nos por ele ter sido Salgueirista
Nelson
Obrigado pelo carinho com que recordam a carreira do meu Pai. Até ao fim, na sua mesa de cabeceira, permaneceram sempre recordações do Salgueiros que ele lia e, relia várias vezes.
Maria José Graça
Era um Central de boa técnica, muito elegante e homem de grande brio. Vi-o jogar muitas vezes, era eu criança. Claro que se fosse hoje acabava num grande ou até seria mais um no estrangeiro. A sua figura e modo de jogar eram parecidas com a do Éder Militão.Foi um desperdício, logo quando o Salgueiros ficou anos na 2ª Divisão. Foi como o Mário Reis e tantos outros. Uma injustiça que acabou tarde de mais.
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