De apontar a boa presença do público que compareceu mesmo com o mau tempo que se fazia sentir, de notar também que apesar de algum receio, não aconteceu qualquer incidente entre adeptos.
Pelo lado negativo, fica a tristeza de um jogo de dois históricos se desenrolar numa divisão demasiado baixa para os pergaminhos dos dois clubes, assim como um derby da cidade do Porto ter de se jogar na vizinha cidade da Maia, esperemos que com a mudança de liderança na Câmara Municipal do Porto mudem também algumas políticas.
No jogo propriamente dito, o estado do relvado já deixava adivinhar um jogo de muita luta e pouca qualidade técnica, assim a partida começou dividida com muita entrega de parte a parte e a primeira oportunidade é Salgueirista com um remate à meia volta por parte do ponta de lança Horácio que acaba por passar ao lado. Seguidamente podia ter sido o momento da tarde, mas o excelente remate de Pedrinho embate com estrondo na barra, merecia melhor sorte a execução do número 10.
Quando nada o fazia prever, nem tão pouco era merecido, o Boavista através de um pontapé de canto inaugura o marcador, o avançado Bobô aparece solto de marcação ao primeiro poste e cabeceia para o golo.
Nem nesta fase de superioridade no marcador o Boavista foi para cima e ainda antes do intervalo o Salgueiros tem uma boa oportunidade por Serra a cabecear para uma boa defesa do guarda redes.
O intervalo chega com a clara sensação de injustiça mas com a noção que era possível dar a volta.
A segunda parte começa com um maior domínio Salgueirista, com o Boavista apenas a despejar bolas e a tentar lançar o avançado Bobô que se encontrava abandonado na frente.
Não foi assim surpresa para ninguém que aos 65 minutos surgisse finalmente o empate mais do que merecido, boa jogada pelo centro do terreno e finalização à ponta de lança de Horácio, prêmio merecido para a equipa e para o avançado que muito lutou.
A partir deste momento e até ao final assistiu-se a uma equipa do Salgueiros a tentar por tudo fazer o segundo e um Boavista apertado a segurar o empate e aliviar qualquer bola que se aproximava da baliza.
O jogo terminava com o empate penalizador para uma equipa que jogou com muita alma.
As duas equipas foram brindadas com palmas dos seus adeptos, os Boaviteiros certamente aliviados pelo final do jogo e o ponto levado que não mereciam e os adeptos Salgueiristas contentes com a entrega da equipa e a clara melhoria exibicional dos últimos jogos.
Força Salgueiros
Pedro Miguel Seixas
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